Sou samba Venho da periferia Não alugo moradia Vivo na voz do povão Sou pobre de pobreza absoluta Mas tem rico que me escuta Copo de whiskey na mão, meu irmão Em cores tudo é lindo, lindo, lindo Pro turista sou bem vindo Muito mais pra minha gente Gente que num ônibus lotado Vai batalhar um trocado Pendurado igual pingente Sou samba do reduto de Itaquera Brasilândia, Sapopemba e Cachoeirinha Sou fruto da cabeça da galera Burilado e batucado na garrafa de caninha E também na latinha