No domingo eu fui No baile do risca-faca Onde o traje a rigor Era tamanco, cartola e casaca (Vejam só que urucubaca) Eu vi uma orquestra O maestro era um tal de Sarrafo Que tocava um samba-canção E a moçada dançava baião (Ai meu Deus, que confusão) Vi um sujeito Com três metros de altura Isso não é tamanho de uma criatura Nem de um fantasma também Era o Nego Testa Que na base do desespero Gritava: "Cinquenta cruzeiros Custa uma faca prá depois da festa" Li um aviso Que explicava muito bem: "Podem brigar à vontade Porque aqui a polícia não vem" (Todo mundo é gente-bem)