TICO-TICO NO AIPIM Gereba / Eliezer Setton Macaxeira é também aipim Quem me queira é de quem tô a fim Fecho os olhos, confio, esperando Quem me pinte a boca com um beijo carmim Traiçoeira é a saudade em mim Roedeira que nem o cupim Que me leva a buscar no passado O beijo adocicado sabor de alfenim Patativa, Assum Preto, Sabiá e Bem-te-vi Vivem buscando clarear meu canto escuro Juro por tudo que for sagrado Que o que eu procuro se for encontrado Será dividido com quem me der o sim Quero-quero, João-de-barro, Tico-tico e Juriti Testemunhando meu lamento costumeiro Beiro a loucura pelo outro lado Temendo não ser diagnosticado E a vida continuar assim, assim