Foi cantando sempre modas de viola Que eu consegui chegar onde cheguei Mas todos que hoje me veem no alto Não calculam nunca pelo que passei São dezoito anos de penosa luta Que com galhardia firme enfrentei Pra hoje colher o fruto já maduro Que por este rico sertão semeei Quantas tantas vezes defendendo a arte Espinhos agudos no escuro pisei E por muitas vezes passei fome e frio Nos duros caminhos por onde passei Três derrotas tive e fui ao fracasso Com fé no futuro não desanimei Defendendo sempre nosso sertanejo Um lugar ao Sol lutando eu alcancei A correspondência vem em quantidade Chega por semana duas mil ou três Respondemos todas com muito carinho E segue nossa foto dez por dezesseis Pelos quatro pontos cardeais viajamos Fazendo de quinze a vinte shows por mês Abraçando nosso caboclo do campo Sempre tão gentil, querido e cortês Hoje onde chego o povo me estima E o aplauso justo é coisa de lei As mocinhas choram quando me despeço E os caboclos pedem que volte outra vez Pelos circos tenho serviço efetivo Venho a São Paulo só de mês em mês Pra fazer o meu programa na emissora Ou para gravar um novo long-play