Quanto mais eu ando, Mais vejo estrada E se eu não caminho, Não sou é nada. Se tenho a poeira Como companheira, Faço da poeira O meu camarada. Se tenho a poeira Como companheira, Faço da poeira O meu camarada. O dono quer ver A terra plantada. Diz de mim que vou Pela grande estrada: "Deixem-no morrer, Não lhe dêem água, Que ele é preguiçoso E não planta nada." Eu que plantei tudo E não tenho nada, Ouço tudo e calo, Na caminhada. Deixem que ele diga, Que eu sou preguiçoso, Mas não planto em tempo Que é de queimada. Deixem que ele diga, Que eu sou preguiçoso, Mas não planto em tempo Que é de queimada.