Eu sou o rio que nasce Lá no pé da serra E o canto triste solitario De um sabia Aqui tinha matas fontes Aguas cristalinas, E tudo o que se planta Nessa terra dá E hoje esse rio vive em nossa memoria Quem não preserva colhe o fruto Seco da história e vive em recortes livros folhas de jornais Que poluiram destruiram e ainda destrói Hei canção De uma natureza triste que vive Por nós Vai irmão E plante no coração A semente da paz Lá vai o fogo mato adentro floresta no chão Devorando fauna e flora sem direção E eu vou remando a minha mocidade As margens de minha cidade O meu rio vai E leva consigo toda essa tristeza O fardo de nossa sugeira até o mar Más na curva mansa desse rio A esperança de água pura Limpa e natural. Em recortes livros folhas de jornais