Peço atenção dos senhores Pra história que eu vou contar Falo de Severinin lavrador tão popular Que morava numa palhoça E cultivava uma roça perto de Taperoá E Severinin todo dia lavrava a terra macia E terra lavrada é poesia Mexe com a mão na terra Sobe essa serra corta esse chão Planta que a planta ponte Por esses montes lã d'algodão Severinin vivia até feliz Enchendo os olhos com bem d'rais E mesmo a plantação tava bonita em flor E a seu lado sua companheira Tinha o seu amor Mas como diz o ditado e haverá de se esperar Depois de tudo plantado Fazendeiro pede pra Severinin desocupar Já tinha até fruta madura Jirimum enrramando no terreiro E tinha até um passarinho Que além de ser seu vizinho Ficou muito companheiro Chega tanta incerteza A alma presa quer se soltar Luta, luta sozinho Qual o caminho de libertar Severinin ficou sozinho e só Ingratidão não pode suportar Correu para o sul Aí a construção se viu De uma vez por todas De uma vez por todas Desabar.