Minha gaitinha cheia de fita no fole Nunca tocou bole-bole, só bufa moda grongueira Não desafina, tem um timbre de primeira Tapei todos vazamentos com oito quilos de cera Tem uma goela coisa por demais de forte Na serra puxando forte se escuta lá na fronteira Gaitinha véia, credo, que ronca bonito Tem grave igual touro bravo E agudo igual um mosquito Gaitinha véia, parece uma mamangava Zunindo no oitão da casa Chega a me tremer os cambito Minha gaitinha tem botão feito de osso Curtido nos alvoroço de chão batido e baldrame Cerne de angico parte que segura as teclas E a alça quando resseca faço um ponteado de arame Tampa de ralo, de polvadeira encardida Judiada de tanta lida, fumaceada igual salame