Sobre o céu da boca da noite o gaiteiro transmite alegria O sorriso da gaita se abre no floreio desse novo dia Meu bagual o coração se retova porque tem que aceitar a verdade Vive à soga na tal da esperança cabrestiando essa dura saudade Teu carinho arisco e matreiro, caborteiro que só mesmo eu sei Não se embreta em mangueira de rama, nem aceita os arreios que dei No fandango da minha esperança uma noite é tão curta e pequena Tantos sonhos de amores que eu tinha pra viver em teus braços morena Contrariando o próprio destino, a favor ou em contra a lei Com defeitos, erros e virtudes assim mesmo eu sempre te amarei Tanto amor deste jeito eu não sei se estou certo ou talvez sou errado Se for crime te amar tanto assim, estou certo serei condenado Pelo amor vou cumprir a condena, pra quem sabe tentar nova sorte Me disponho a prisão perpétua, ou talvez até a pena de morte