Quando é que abandono a dor Um tal supor que me faz ser o que nunca fui Que faz de mim transformação A triste prática de olhar o vazio E de vez em quando Conseguir montar um medonho plano Poder inventar algo bom para mim Faltam-me fascínios mil A vil vontade de combater A condição de querer vencer Ser marginal mas sem merecer O milagre de te amar mais uma dia E não ter medo De te mostrar quais os segredos Que são razão, são sofrer, são verdades a mentir São missões, são canções, são momentos a sorrir São sinais anormais, anarquias por cumprir Sou capaz Sou capaz Serei? Não deixo de escutar O estranho que há em mim Mas escondo-me atrás da solidão Se ao menos eu soubesse Fazer das mágoas coração Quando é que abandono o rio Das reinvenções de ser feliz Das frases feitas um chamariz De xeque a um rei que ninguém quis E essa forma de pensar com rancor Que a regra é a mesma Que mesmo à parte sou parte desta Deixei de lutar por sair daqui Talvez por um dia sim Eu possa ser enfim alguém Poder ter algo que largar Lançar-me ao escuro e voltar Voltaremos a sorrir mais um dia E não ter medo Quando te mostrar os meus segredos Que são razão, são sofrer, são verdades a mentir São missões, são canções, são momentos a sorrir São sinais anormais, anarquias por cumprir Sou capaz Sou capaz Serei? Não deixo de escutar O estranho que há em mim Mas escondo-me atrás da solidão Se ao menos eu soubesse Fazer das mágoas coração Eu juro que um dia serei capaz