Credo cruz! Lá vem a Cobra Grande, Lá vem a boiúna de prata, A danada vem rente à beira do rio, E o vento grita alto no meio da mata, Credo cruz ! Cunhantã, te esconde, Lá vem a Cobra Grande, ah, ah, Faz depressa uma oração, Pr'ela não te levar, ah,ah. A floresta tremeu quando ela saiu, Quem estava lá perto de medo fugiu, E a boiúna passou logo tão depressa, Que somente um clarão foi que se viu. Cunhantã, te esconde, Lá vem Cobra Grande, ah, ah, Faz depressa uma oração, Pr´'ela não te levar, ah, ah. A noiva cunhantã, Está dormindo medrosa, Agarrada com força, No punho da rede, E o luar faz mortalha em cima dela, Pela fresta quebrada da janela. Êh, Cobra Grande... Lá vai ela !