Num fim de tarde de qualquer Domingo Encilho o pingo e saio faceiro arrastar asas pra china Rita Filha bonita do bolicheiro Levo a cordeona sempre na garupa E já num upa sigo pra o bolicho Meu pingo baio marcha com aprumo Pois sabe o rumo deste meu cambicho. Peço uma pura pra aquecer os dedos E os meus segredos escapam da garganta A noite escura no olhar da china De relancina vem buscar quem canta. Como faz bem à alma do gaudério Esse mistério do olhar da amada A gaita entende esses olhares mudos Que dizem tudo sem falarem nada E quando eu volto pra os meus pelegos Desassossegos trago por parceiro Um dia caso com a china Rita Filha bonita desse bolicheiro.