Garganta

Labuta

Garganta


Eu desci lá do morro do quintal
E os becos daqui cheiram mal
Mas não preciso da sua caridade
Meu perfume é minha dignidade

Uns moleques brincando no terreiro
Os de lá vigiando o tabuleiro
Na camisa o time do coração
Os guerreiros da falta de opção

Todo dia, eu saio pra trabalhar
Todo dia, eu não sei se vou voltar
E a vida, não me traz esperança
Mesmo assim, minha fé me faz sonhar

Ela lá penteando o seu cabelo
Ele lá de ressaca no banheiro
Mais um dia de luta e história
Esperando por mais uma vitória