Parintintin tem a pele vermelha Parintintin tem a alma guerreira Quando o sol abraçou a lua cheia Flechas inimigas envenenaram os parintintins O tempo adormeceu A cerração pairou na aldeia Surgiu levitando de um casulo o curandeiro ipají Êxtase onírico, viagem à maloca tridimensional Yrerupyhavuhu, yrerupyhavuhu Eu vi mulheres peixes, vi homens-serpentes, pássaros híbridos no além Senti o meu espírito sair do corpo em chamas, vi arvores caídas levantarem Onças com ferrão de escorpião E bichos em transmutação O fogo! O fogo primitivo de baíra vem iluminar O sopro do espírito sagrado vem curar O retorno ao corpo que balança maracás A dança dos tempos de guerra dos ancestrais Erguei a cabeça dos espíritos! Akangwéra toryva, akangwéra toryva Ritual dos parintintins Ritual dos parintintins A dança, a cura, o transe do ipají