As sombras de Marte refletem na Terra Projetos de gente descrente Caminham a esmo, no mesmo intuito Fortuito perante a sua visão Perdem suas vidas, se perdem em planos E os anos avançam, sem esperar A vida estanque se torna um palanque De versos avessos ao X da questão Fazem seus planos, cultivam seus sonhos Nas areias de ampulhetas a escoar Vivem suas vidas fitando o horizonte Sempre distantes, e nunca a acenar As sombras de Marte Em alguma parte do céu a espreitar