Dias Escuros As manhãs tristes A noite clara O tempo é curto Às vezes, parece não termos escolha Vivemos correndo Faltando respostas, saímos de casa Damos o sangue em troca de lágrimas Dias Escuros As manhãs tristes A noite clara O tempo é curto Às vezes, não penso, às vezes só ajo Agora não vejo cores no quarto Objetos sem brilho são corpos quebrados Saímos da fábrica já enguiçados Tomada estourada, energia enlatada Turbina emperrada, bateria vazada Curto-circuito, geradores quebrados Fio desencapado, lâmpadas queimadas Lâmpadas queimadas, lâmpadas queimadas Olhem para as ruas Alaranjadas pela chuva