Os carros e as motos andam desarmônicos Os homens e os sonhos cruzam insônitos E ninguém se vê E ninguém se vê As ruas se remexem no desastre Deslocados do caso, olhos saltam Os ônibus estão parados Tudo está virado, tudo está caído Tudo está virado, tudo está caído Outro sono caído na valeta Outro sonho perdido no sinal Decepções jogadas na sarjeta Lágrimas precedem um final Brilho no rosto, agudo no ar Espaço ainda falta, batimento também E ninguém se toca E ninguém se toca Ainda não é verão mas as ruas estão quentes O sangue ferve em meio a noite Eles estão aguçados, e querem saber Ninguém ajuda, todos seguem Ninguém ajuda, todos seguem Outro sono caído na valeta Outro sonho perdido no sinal Decepções jogadas na sarjeta Lágrimas precedem um final