Galvão

Santuário

Galvão


Eu vi uma onça lá no Pantanal
E lembrei dos meus tempos de criança
Daquela lembrança da onça pintada
Que hoje, tranquila, atravessa a picada

Eu adorava rimar, recitar
Um recital de menina
Ressuscitar da menina
Que hoje recita, suscita, em surdina

Eu vi uma onça
A onça pintada
Mandei que parasse
Parada ficou
Peguei seus bigodes
Torci-os assim
A onça tremia de medo de mim

Olhe a onça!
Sou seu santuário, pois ela revive, ainda, em mim
Têm dias que ruge ou mia baixinho
Arranha-me toda ou faz um carinho

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