Quando o luar vier a ofuscar o seu olhar Nada haverá de sobrenatural Desnecessário que se cubra Com um manto de lã Por toda a madrugada, até de manhã Não dê ouvidos às questões da dona ótica E muito menos aos sinais da semiótica É só lembrar-se que você é quase água E nas cirandas dessa vida Se hoje, anda sereno; amanhã, um temporal! E vem a Lua, luminosa, a procurar-te pelos céus Pra namorar, pra te beijar, e coisa e tal Você, inconsciente, enluarado - Fluindo, refluindo: Agitado nas marés Mas eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, marré Tu és rico, rico, rico, de marré, deci Eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, assim Tu és rico, rico, rico, muito rico para mim