Ao amar não pense Em ouvir canções ou em faze-las Melodias, amor, coração Não se explicam, são só o que são Emoções servidas frias São mais belas poesias Cristalizo assim meus dias por viver Mapas mundi, hemisférios Disciplina dos mistérios Os poetas são tão sérios Poucos são Quem dera a dor garantisse Poder se dizer o que se disse até então É tão melhor, menos triste Deixar que um arranjo encontre a sua solução E se crer que a vida é esta É ser quem deve e empresta De uma musa que me resta e que me diz Oh, Deus, como sou... Todo o universo Cabe numa só canção No mais afinado peito solo Bate um coração Puras notas podem tanto ou mais Que tanto que se diz As palavras não dão ordens São só ordem e só som Eu digo música Alguém me escute Lira de uma corda só Fico assim no canto, encaixe Acorde, longínquo pulsar Carregado de sentido Não dizer não é rimar Matemática de sonhos Que tem tanto por sonhar E sonha música Essa frase por exemplo Não seria menos bela se só fosse: Tudo que se cala e fala E não tem nome É mais que eu ou você Não se cobra de um piano Que discurse, então por que? Resolva antes Tudo aquilo e não depois Os poderes podres O amor que podes tudo pois Nada que se quer curar Se cura sem querer O que há por descobrir, saber Irá mostrar-nos como ouvir Ouvindo música Fico na música Deixe que o amor ou ódio Ou o que for Fale por si