Dizem que a minha música é complicada demais para ser popular. Dizem que eu deveria ser um pouco mais regional pra ganhar festival. E nesse meio termo eu vou compondo assim...Músicas com significados só pra mim. Mas se você pensa igual, então já é importante. Qualquer outro detalhe fica insignificante. Pois a personalidade não se muda com a pressão e a minha regionalidade nem sempre vem exposta na canção. você pode até morar nos states e de repente curtir o cd do Osmar. Assim como eu posso curtir Pink Floyd sem nunca ter saído aqui do Amapá. Esses são os milagres da globalização que infelizmente ainda convivem com a discriminação que muitas vezes vem do próprio que se diz discriminado. Cultiva o linear sem perceber que hoje tudo está linkado. Os nomes podem mudar de região pra região mas na verdade tem o mesmo significado. O que hoje a nossa molecada chama de rebeldes. Para minha geração eram chamados rebarbados. E nessa miscigenação global de uma só língua mundial quem sabe a gente não encontre por aí. Um índio japonês de descendência afro-greco americana debruçado num pirão de açaí. você pode até morar nos states e de repente curtir o cd do Osmar. Assim como eu posso curtir Pink Floyd sem nunca ter saído aqui do Amapá. Esses são os milagres da globalização que infelizmente ainda convivem com a discriminação que muitas vezes vem do próprio que se diz discriminado. Cultiva o linear sem perceber que hoje tudo está linkado. O açaí que eu tomo aqui também eu tomo no sudeste e graças a exportação tomá-lo-ei em Budapeste. E nessa teia rizomática onde está tudo ligado, vou tomar meu açaí com adoçante importado. Ou enviá-lo para Europa para ser beneficiado, depois transformado em pó e por eu mesmo ser comprado. Por um preço superior, pois foi industrializado com embalagem do Japão no processo de ser enlatado. Então... Não me venha falar em regional. Se até o seu produto típico já é multinacional. Não me venha falar... Em regional.