Hoje eu recusei tomar os meus remédios Mais me der um coquetel pra eu fuder esses prédios Quando é que vocês vão ver que vocês estão cegos Ironia mesmo é achar que vocês estão certos Ilusão de pensamentos que me tornam cético Alienação em massa é o mal do seculo Não me sinto confiante em conversar com o oráculo Não é, mas escolha eu me sentir incrédulo Guerra de egos prepotenciais Imersos na ideia de ter potenciais Na ideia de já ser tarde de mais Erramos e sofremos como os nossos pais Na ideia de sentir que tu é capaz Observar e absorver o que nos traz paz Percepção que já não me satisfaz Mas nesse tormento me tornou fugaz Utopias não ver toda essa crueldade Sistema corrompido já não é novidade Injustiça e violência por toda a cidade Apague historias e geram rivalidades E nos segamos nessa vaidade Nós iludimos com essa liberdade Me faz querer toda simplicidade Longe da selva de concreto e sua crueldade Eu faço meus próprios beats E nos meus próprios beats eu faço o que eu quiser Escrevo o que eu quiser, e às vezes escrevo o que penso (intenso) Rimo o que eu quiser, na forma que eu quiser Na hora que eu quiser pra exteriorizar o interno tenso (inferno) Penso várias fitas, nem sei se devia falar Mas foda-se o que tu pensar, isso ninguém pode controlar É como o controle da televisão Você controla o que você assiste, mas não controla a informação Absorvida, deglutida, pronta pra ser digerida Afronta a máscara embutida contra a consciência viva Foda-se seu ego, foda-se meu ego Seu ego é cego e o meu ego anda de bengala longa Eu poderia até rimar mais eu não quis Sou o Deus das minhas rimas e sempre fiz o que eu quis Então me diz, o que te faz feliz? Na verdade, você vive pra ser feliz, mas o que você faz com a felicidade?