Abro a janela e olho pra rua Tudo é tão normal Sinto teu braço correr pela minha cintura Sol que brilha, dia que chega Tu é vendaval Sopra, bagunça, arrepia, depois se aconchega Mas, quando eles nos veem Tão certas do amor Que eles não têm Os olhos ferem à toa Gosto de ver a luz no teu rosto Quando toca o meu Olho no olho mistura carinho, receio Nossa entrega explícita, exposta Como deve ser Tão bonita ou mais que todas as outras E, quando eles nos veem Tão certas do amor Que eles não têm Teus olhos são meu abrigo Dos olhos ferem à toa