Transparece a natureza Que me banha no mal Desfalece a consciência Acho que isso é normal Não me tenha por inteiro! Vá enquanto é tempo! Utopia desalinha A fé que nos abstrai Medo Por ser aquilo que não é Temo Por ver o que realmente é Poesia se defaz Mascara de sangue cai Vejo que se manteve Sob o que nunca esteve lá Arco santo lhe atrai Mas, sem rumo, o que se faz? Deixe levar Por algo que nunca amou Medo Por ser aquilo que não é Temo Por ver o que realmente é A nossa mediocridade nos faz Quando ninguém de perto nos traz A confiança que restou E sem esperança nos separou