Nossa jornada começa nesse instante Num reino exuberante onde impera Oxalufã Senhor de Ifon quer visitar Xangô Ao oráculo chegou, buscou recomendação Senhor funfun, prevejo um ardor Não lhe desejo temor Sinto o mal se aproximar Pague Exu para abrir o seu caminho Ao seguir o seu destino, lhe oriento Sabão da costa, panos brancos, não esqueça! Em silêncio obedeça Proteção ao desalento. O dono do caminho nunca deixa de cobrar Galhofeiro, com justiça, Exu pediu o seu quinhão Carvão, vinho de palma e azeite Tudo isso foi enfeite perto da complicação! Chegando em Oyó, vejam só, grande rei Foi confundido com um fora da lei Oxalá foi preso e pagou caro pelo seu desprezo Então a ruína se espalhou no reino Xangô, quando soube do erro Foi pedir o seu perdão E em procissão, o seu povo se pôs a saudar Numa festa, rei Obatalá Que chegou à nossa nação Nessa mesa farta de identidade Canto com orgulho a negritude Virtude da nossa brasilidade Vou me banhar nas águas de Oxalá O grande Obá vai ser coroado Ao swing dos ogãs da Leopoldina A verdade genuína de um povo abençoado