Destravando velhas portas com aranhas e teias Memórias ocultadas em curas se tornam peias Faz tempo que descalça não piso o chão Às vezes conectada perde conexão Da banda larga pro caminho estreito À procura incesante ou nunca satisfeito Tudo aquilo que não pode ter Tudo que tem e não consegue ver Velocidade quatro vezes acelerada Sensação de correr quando se está parada Pararam novamente os moleque de carro Vocês os ladrão, nós seno roubado Direitos Humanos é tipo um Atari Uns tem, uns já ouviu dizer, outros nem sabem Falemos da estrutura enquanto prevalecer Preto irrita falando, imagina no poder Touchscreen, máximo contato Pele e osso, sem jeito sem tato Acessar suas lembrança, encarar nossas ferida Passará antepassada direto de outra vida Curigozo, desenterrando o Sol Histórias repassadas sentada em um lençol Efêmero, imaterial, distante ou desafeto Se a vida é um banquete, por que ficamo com o resto? Reaprender, reestruturar Se não é seu ritmo, por que teima em me acompanhar? Falador passa mal, quem não fala também Todo mundo surdo, mesmo ouvindo tão bem Aplica aplicativos necessário ao lazer Controlando seus rastros, controlam você Rato na roda, peixe no aquário Fora do habitat, se sente habituado Defendemos aquilo que nos aprisiona Como chama de conforto toda essa zona? Hype o que mano? Somos o rap! Atuando nas favela, não só na internet Mundo. Com, vitrine com preços Valores da quebrada nunca que me esqueço Quanto pivete bom sendo silenciado O crime é caminho mais curto pro monetário Pegar um livro? Parecia utopia Até que nossa munição não mais feria Alforria, a falsa libertação A chave da liberdade sempre foi rebelião Sente memo que viver é sentir Não deixar os machucado terem medo de cair Sente memo que viver é sentir Quantas cicatrizes nos trouxeram até aqui Sente memo que viver é sentir Não deixar os machucado terem medo de cair Sente memo que viver é sentir Quantas cicatrizes nos trouxeram até aqui Anestesia aqui, anestesia lá 'Quanto deixa de sentir pra te robotizar Traumas guardados em uma gaveta Gera desebilíbrio dentro da sua cabeça O Grande Irmão, olho que tudo vê Teorias conspiratórias, internet e TV Viajar o mundo tendo na mala a palavra Se não encontrasse condição, então criá-las Em cada estrofe, a cada vibração Música é energia sinta esse som Em cada estrofe, a cada vibração Somos energia sinta esse som Foi costurado no seu corpo sua história Relatos futuros, do antes, de agora O mundo futurista parece que chegou Tem gente que parece que já virou robô Leis aprovadas sem ser aprovada por nóis Perigoso pro sistema é nói' descobrir que tem voz Desencadeando total ordem do caos Dessa caçada não vou mais ser o mouse Viraram os fato: A caça vira o caçador Inverteram o objetivo, mudaram o foco da dor Botar os holofote na cara da favela Que conta sua história quem mora e vive nela! Os olhos que condenam bem diante de você Presos políticos reais não passam na TV Bárbara Quirino, Rafael Braga Preta Ferreira e essa lista nunca acaba Esteja presente nunca seja esquecido Luana, Dandara, João Vitor, Amarildo Pelo direito de existir, de resistir Pretos, crianças, lésbicas e travestis Se o campo não plantar, cidade não vai comer Se a chuva se acabar e todo solo morrer Vira deserto que já foi oceano Descobre que dinheiro nem tudo está comprando Fontes naturais, diversidade de espécie A naturalidade e essa extinção Faz nóis esquecer que faz parte da equação Problemas sociais e superpopulação (E superpopulação) Tá tudo lotado as avenida e os trem Ninguém é todo mundo e todo mundo é ninguém Sem rosto, sem face, sem CEP, sem endereço Bloqueando sentimento pra da vida sentir menos Aí sente memo, sem medo de existir Viver sem sentir a vida não faria sentido Aí sente memo, sem medo de existir Quantas cicatrizes te trouxeram até aqui Sente memo que viver é sentir Não deixar os machucado terem medo de cair Sente memo que viver é sentir Quantas cicatrizes nos trouxeram até aqui Sente memo que viver é sentir Não deixar os machucado terem medo de cair Sente memo que viver é sentir Quantas cicatrizes nos trouxeram até aqui