Dificilmente alguém vai me ofender Ninguém sabe me humilhar mais do que eu sei Eu não passo vergonha, eu sou a vergonha Quando eu era pequeno eu via os adultos Com olheira no rosto e achava que era falta de sono Que bobeira, bobeira, bobeira Hoje eu cresci e sei que era só tristeza É no meu coração o lugar onde eu planto a minha dor, porque lá tem aorta Minha cor favorita é vermelho Então cortei os pulsos e tirei foto no espelho depois postei Não curtiram, chamaram o samu O visual que me apaixona é um sobretudo preto com capuz Foice na mão, rosto de caveira, melhor olheira, olheira, olheira, olheira Vou falar pra ela: Te esperei a vida inteira Eu bebo pra esquecer, se fosse pra lembrar eu bebia também Eu sei que a fila anda, mas na minha vez ela para, o meu azar veste g É no meu coração o lugar onde eu planto a minha dor, porque lá tem aorta