Tudo o que eu tenho São piadas ruins E um cavalo empalhado Porque no meu prédio não pode ter animal Vivo, sozinho O monstro de baixo da cama No passado era o eu do futuro Chapado, com pânico e assustado Se escondendo do mundo Horrível, sofrível A minha carreira é um cadáver Estirado no chão E eu só queria que zumbis Não fossem ficção Caminho, faminto Nada queima mais bonito Do que as brasas de uma ponte O rancor é um licor e eu sou o fornecedor Então as vezes eu bebo da fonte Brindo, vômito Acordo e faço alongamento Esperando o momento Que vocês vão me crucificar Pelo seu próprio divertimento Pipocas, risadas Estou com pressão baixa e chorando E ao mesmo tempo pensando Se eu for engolindo o sal das lágrimas Será que a pressão vai aumentando A minha abordagem é a auto sabotagem