Quando não escrevo sinto-me com medo, A sanidade e como um filho e eu receio perdê-lo, o prometido e devido mas eu não quebro, comprometo que o meu amor por isto e mais que infinito, consumo rimas e vomito-as em poesia como bulimia, para ultrapassar a hipocrisia do dia a dia, nesta estranha forma de vida, uma caneta fica gasta e nasce uma obra prima, se noutros tempos era adormecido, agora vivo abri-te a minha porta e é em ti que me inspiro, hip-hop és a rosa dos meus ventos, em 4 estações, 4 direcções passamos grandes tempos, em 4 vertentes de sentimento, num momento, um segundo, vale tudo coração em bruto, b-boys em contacto pisam solo sagrado, em círculos como tribos dançam encantos, multidões de braços no ar evocam cânticos, focos brilham neles abanam asas como anjos, são os anos dourados, festejamos aos milhares um só amor tamos ligados, a mesma chama no olhar levamos, quando nos deslocamos são festas, amizades e abraços, tenho orgulho de fazer parte, de ser um prova viva desta arte, até que a morte nos separe. (refrão) Sozinho num quarto escuro imaginava mundos pintava telas de sonhos no escuro sentia-me irreal mas agora broto um fruto a criação levou-me a ti deste-me tudo. Sinto-me dotado como um monge em celibato, dêem-me um microfone e o ritmo é o meu pecado, faço parte de um império poeta nato artista bélico mc eterno, soldados contemporâneos pintores urbanos, erguem muralhas exposições de corpo e alma, a manter a nossa história intacta da ponta de um dedo debitada, pelo buraco de uma lata, documentários de uma geração fantástica, dispensamos minutos de fama liberdade aclama, produtores sinfónico maestros em máquinas de guerra, criadores ou génios fazemos hinos, desenterramos êxitos antigos, tributo, reanimamos vozes de músicos esquecidos, visionários damos vida ao vazio, djs lêem sonhos como braille rotativo, mcs, magia, malabaristas de energia, no bolso há sempre uma caneta e uma rima, contadores de histórias o hiphop é a fogueira, que queima lentamente e que cura quem o sente, juntos fazemos química trocamos vida, se a musica se guia ou desvia eu sou uma vítima, mcs e djs b-boys ou nos graffs, caminhamos para milhares de filiados nas artes. Sozinho num quarto escuro imaginava mundos pintava telas de sonhos no escuro sentia-me irreal mas agora broto um fruto a criação levou-me a ti deste-me tudo.