Samba A gente não perde o prazer de cantar E fazem de tudo pra silenciar A Batucada dos nossos tantãs No seu ecoar O samba se refez Seu canto se faz reluzir Podemos sorrir outra vez Samba Eterno delírio do compositor Que nasce da alma, sem pele, sem cor Com simplicidade, não sendo vulgar Fazendo da nossa alegria Seu habitat natural O samba floresce no fundo do nosso quintal Esse samba é pra você Que vive a falar, a criticar Querendo esnobar, querendo acabar Com a nossa cultura popular É bonito de se ver O samba correr pro lado de lá Fronteira não há pra nos impedir Você não samba, mas tem que aplaudir Quem mandou, quem te mandou falar assim Quem te mandou falar pra mim Não vou te perdoar Tu me falaste que eu sou um traste Que eu sou um desastre Só me desejaste pois não encontraste Um outro rapaz que te fizesse bem Tu me disseste que eu sou uma peste Que sou cafajeste Do tipo que não vale a roupa que veste Mas nega Celeste, não disseste quem mandou Quem mandou, quem te mandou falar assim Quem te mandou falar pra mim Não vou te perdoar Você não desiste Com dedo em riste Agride e insiste Ninguém me assiste mas não fico triste Pois sei que é despiste te conheço bem Eu não sou traste, nunca fui desastre Não sou cafajeste, muito menos peste Passei neste teste Mas nega Celeste não disseste quem mandou Quem mandou, quem te mandou falar assim Quem te mandou falar pra mim Não vou te perdoar