Iaiá, ô Iaiá Minha preta não sabe o que eu sei O que vi nos lugares onde andei Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Vi um tipo diferente Assaltando a gente que é trabalhador Morando num morro muito perigoso Um tal de Caveira comanda o vapor Foi aí que o tal garoto Coitado do broto, encontrou com o Caveira Tomou-lhe um sacode, caiu na ladeira Iaiá, minha preta, morreu de bobeira, ô Iaiá Iaiá Minha preta não sabe o que eu sei O que vi nos lugares onde andei Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Dei um pulo na cidade Iaiá, minha preta, se eu sei, não iria Só vi sacanagem, só vi covardia Nem sei como pode alguém lá viver Quando vi o salário que o pobre operário sustenta a família Fiquei assustado, Iaiá, minha filha Montei num cavalo e voltei pra você, ô Iaiá Iaiá Minha preta não sabe o que eu sei O que vi nos lugares onde andei Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Dei um pulo na macumba, fui saber da quizumba Bolei na demanda, cantei pra Calunga, baixei a muamba Saravei a banda, meu corpo fechei Iaiá, eu fiz tudo certinho Deitei para o santo, raspei, catulei Me deixa de lado, cão escomungado Eu tô abençoado, eu tô dentro da lei, ô Iaiá Iaiá Minha preta não sabe o que eu sei O que vi nos lugares onde andei Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.