Gaia, e essa força que tu tem que me invade e me faz ser Gaia, onde sempre bate o sol, consciência do que é E do que foi e o que vai ser Um vigilante firme em pé no alto da montanha Contempla esse azul de vários tons Nasceu para ser águia mas no meio das formigas Não há quem compreenda o seu vôo Gaia, o que eu quero é poder ver, mas há véus sobre meus olhos Gaia, é o refúgio e o farol Dos que passam pelos homens sem ligar pras suas leis O fogo que derrete a pedra e o vento que assobia Que molda o pago e o homem que o habita Nas suas veias corre o sangue de mil gerações Do sopro que entendemos como vida Gaia, é a mudança de norte dos que ouvem teu clarim Gaia, quem se afasta do que é Segue por sendas escuras onde não se enxerga o fim Assim como essa terra contem ouro e contém lodo Serve de ventre e tumba para todos Os que caminham hoje inconscientes e sem rumo Virarão pó na seqüência dos mundos Um vigilante firme em pé no alto da montanha Contempla esse azul de vários tons Qual araucária tem suas raízes neste solo E os braços levantados para o alto E nas suas veias corre o sangue de mil gerações E nas suas veias corre o sangue de mil gerações