Me impus erguendo a luz trazendo uma mensagem O coração me induz à um rio em suas margens. Respirando a essência natural das almas puras Em meio à loucura as águas me refletem a cura. Aqui, abstraí e escrevi o que senti Me incluí, de alma free, e usufruí do que plantei Cultivei, lutei e errei, emfim colhi O conteúdo que, sobretudo, eu compartilharei. Ontologia contínua acerca desse universo Complexa filosofia por trás de "uni-versos" E imerso no próprio peito, me avisto disperso Existo num beco estreito, reverso ao mundo perverso. Sou parte de um todo, onde o erro é inerente O uivo do lobo faz a parte do "start" desse jogo De sobreviver e viver na mata que mata muita gente Floresta da ilusão onde a matéria é eminente. E emitindo afeto, é um traço num espaço invisível Eu faço com que um laço possibilite o impossível Um vocal audível, não me calo frente à ultraje O mal age e o bem reage, de modo puro e infalível. Efêmeros produtos duelam com o impalpável Tumultos alteram o equilíbrio da essência O coração é o reduto espiritual do inexplicável E a natureza é presa, como alimento da ciência. Em paradigma não me encaixo, despacho padrões Ações errôneas, ofuscam a chave do enigma E eu vislumbro desistentes, caindo penhasco abaixo É o habitat natural de vibração maligna. Lá estive, no declive, me mantive preso Saí ileso, mas retornei como alicerce Reerguendo a raça, com tudo que eu obtive E o rap é o meu escudo que defende os indefesos. Sofria sorrindo, alma frígida e fraca Rígida consciência, omitia os sentimentos O inferno interno, trazia ruína ao templo Pois espíritos parasitas atentam carcaça opaca. Aprendi com o coração, e a pureza que me guia Expansão do beco estreito onde o amor residia Sou ágil no contágio, e na harmonia dos elementos Em um só. Me apresento, fazendo freelosofia Me impus erguendo a luz trazendo uma mensagem O coração me induz à um rio em suas margens. Respirando a essência natural das almas puras Em meio à loucura as águas me refletem a cura.