O velho do saco vasculha a lixeira, procura porqueira e comida também Pois na mesa que tem o que sobra é resto e na mesa que falta a sobra vai bem O velho do saco, de lixeira em lixeira, percorre a cidade Não tem documento, não conta na conta da tal sociedade O velho do saco que a gente destrata empostando a voz É sujo por fora, mas tem sua alma mais limpa que nós O velho do saco aparenta perigo na estampa que trás Mas é gente boa, tem até um cachorro a quem chama de Paz O velho do saco aparenta perigo na estampa que trás Mas é gente boa, tem até um cachorro a quem chama de Paz O velho do saco margeando a BR tem um ranchinho de lata e cartão Quem passa de carro enxerga a pobreza sem ter a nobreza de estender a mão O velho do saco apesar de seus trapo é muito decente Pois há muito safado que anda bem trajado enganando a gente O velho do saco que a gente destrata empossando a voz É sujo por fora, mas tem sua alma mais limpa que nós O velho do saco aparenta perigo na estampa que trás Mas é gente boa, tem até um cachorro a quem chama de Paz O velho do saco aparenta perigo na estampa que trás Mas é gente boa, tem até um cachorro a quem chama de Paz Ninguém é tão sujo que turve a água da ponte Ninguém é tão limpo que a deixe mais pura Somos humanos no mais, do criador à pior criatura