CHOVO Chovo enquanto se espera lá no alto do morro Que eu me dilua em dias nublados Há que diga viva deseperançoso Que não haja reza, que não haja gozo, do alto do ego ao fundo do poço Chovo durante a calmaria de um dia medonho Soô enfadonho enquanto quase morro Imprimo no rosto um ar de alegoria Roô a a alegria, roô a vontade e a fantasia como se fosse osso As pessoas chovem, animos se nublam, os humores fazem sol Chovo pra que não se diga que não tenho gosto Vou chover a vida durante o almoço Num temporal frenético que todavia Já me faz sentido quando alivia e me alegra o rosto As pessoas chovem, animos se nublam, os humores fazem sol