Outra vez me encontro, Senhor, na angústia e dor Contra tantas leis querem me apresentar! Muitos querem recriminar Se esquecem da incompreensível justiça de Deus Deixam de lembrar que Pra se lapidar algum coração, tem que haver perdão E, o verbo amar, tem que se conjugar E, na amizade, pelo outro se doar! Eu só desejo um amigo fiel, que, ao meu lado, então Por uma hora, ao menos, venha vigiar! Não quero ser dos que fugiram da Cruz: vou ficar em pé! Mesmo que outrora fossem me apedrejar Pois o Teu Amor me envolveu, Senhor Não me condenou: me aceitou! Lágrimas ao chão, estendeste a mão E o meu coração se alegrou! Eu quero mergulhar, me abandonar Ser imerso nas águas do Teu Amor Que não vem me escravizar Mas, livre, faz-me andar! Em meio ao silêncio, num olhar, sem me julgar Com um abraço, vens me conquistar Amor maior não há! Só o Teu Amor tem poder de inundar o meu ser E me entender sem me condenar Sabe as razões do meu ser: pode me compreender! Só o Teu Amor me sacia Só o Teu Amor me preenche Só o Teu Amor é pra sempre Jamais é ausente e comigo está