A mais pura cocaína A mais nobre ilusão Já não me dá mais liberdade Segurança ou proteção Luzes não me iluminam Lembranças não se apagam E verdades aparentes Se conjugam e se revelam Se questionam e se põem Em constante contradição. Não há elo que junte Outra vez os nossos lábios Nem sentido, nem saudades, Vicio ou paixão, Pois enquanto o destino nos uniu E o amor lentamente nos juntava Nossas personalidades efêmeras Nos colocava definitivamente Em separação. Mas não há nada que apague O nosso passado: O intercambio de olhares, O vestígio do beijo, do cheiro, Da saliva nos pêlos na pele, A ternura das mãos. Mas promessas fugazes Como sempre não cumprem nada E nem nos dá abrigo, segurança, Liberdade, alivio ou proteção. Lágrimas caem... Novamente dos meus olhos E sentimentos clandestinos Te prendem mais uma vez Dentro de mim. E nisso falta Pro eu mais intimo espaço E sobra um vazio no âmago Por causa da separação. Que um anjo caia do céu E me toque lá no intimo E me dê calma imediata Que a chuva caia E lave meu corpo ferido E dê a epiderme torpor imediato Que um anjo caia De uma lágrima de Cristo E dê a meu espírito descanso imediato. Pois sei que não há elo que junte Outra vez os nossos lábios Nem sentido, nem saudades, Vicio ou paixão, Mas também não há nada que apague O nosso passado: O intercambio de olhares, O vestígio do beijo, do cheiro, Da saliva nos pêlos na pele, A ternura das mãos. Não há felicidade para todos Pois mesma tem pequena duração São fleches - momentos, instantes raros. Até as flores mais lindas Nascem, vivem, reproduzem, e morrem, Não há nada na vida que seja eterno Tudo tem pequena duração. Que um anjo caia do céu E me toque lá no intimo E me dê calma imediata...