O corpo mais perfeito Têm falhas em algum detalhe E isso o torna ímpar e belo Mas quase ninguém vê Meu jeito solitário Não me faz nem um mal Eu desconfiaria de tudo Se eu tocasse por um instante Meu ideal de mortal Perguntas sem respostas E já são tantas as explicações Que não convencem ninguém Não dá pra convencer... Mas a gente fingi cegamente Por falta de opção Que acredita no que inventa Por não puder mudar Coisas simples de lugar De dia e de noite Se repete o mesmo tédio Antes de deitar Tomo algumas doses de vodka Pra não dormi tão sério Preciso me enganar... Os mesmos sonhos me perturbam E meu corpo é sincero Transpira, geme em febre e frio No quereres de quem não o queres A culpa não é minha de gostar De você Acordo impaciente E na seqüência me desespero Acendo um cigarro E lembro de esquecer o que mais quero Já fiz isso e não deu certo E mesmo assim faço outra vez Tenho que continuar Carreirinhas de cocaína Duetos de Caetano e Chico Química e músicas se interagem E se misturam na carne e no cérebro E me entorpecem os sentidos Me dá um motivo para caminhar... A noite escorre lenta Pelo tempo E o tempo se engana Atrasando o relógio Que não consegue marcar Vodka e cigarros Cocaína, Caetano e Chico Querendo me poupar em vão Do meu vazio De mim E de você.