Estranhamente esse anjo me sorri Não sei por qual motivo Ele fica perto de mim E seca minhas lágrimas E me dá atenção Quando ninguém mais pensa em mim E eu só queria ser como os outros E ver um sentido na vida E fingir que tudo é bem mais... Do que é. Pois hoje aparentemente é um novo dia Mas algo em mim me diz que não é Já que o futuro vem e passa... E o passado se repete em cada novo dia Mesmo sem querer... Acho melhor me esquecer E não prestar mais atenção no que vi Pois nada disso vai muito bem Minhas pupilas dilatadas Essa doença intensa que me acalma Enquanto o frio do isolamento me conserva Mantendo-me vivo Dando-me forças suas Que há tempos... Já não tenho. Estranhamente esse anjo me sorri Não sei por qual motivo Ele fica perto de mim E seca minhas lágrimas E me dá atenção Quando ninguém mais pensa em mim E eu só queria ser como os outros E ver um sentido na vida E fingir que tudo é bem mais... Do que é. Eu queria esquecer ou ocultar em mim Arrancar as raízes que se ramificaram No centro do elo dentro de mim Mas sei que isso é muito pouco e não basta Enquanto isso... Lembranças me machucam sem me ferir Sei que parece contraditório Mas no fundo não é... E esse tempo que se arrasta E essa vida que segue enfrente Insossa e sem graça... Não quero dinheiro Só queria que além do anjo Você também pensasse um pouco em mim Mas já que não podes Eu finjo que pra mim está tudo bem... Mas talvez esse seja o motivo Por ainda me sentir assim... Com essa depressão permanente dentro de mim Só isso basta... É a prova concreta que não vou nada bem. E o pior mesmo é saber Que amanhã não é um novo dia Eu sei que não é... E não tenho como mentir Mentir pra mim é muito pouco E só isso não basta... Por isso essa dependência psicológica que não passa E essa fé ilógica que não se acaba Confiam cegamente que o fim não é... O fim... Mas será que não é? Quem disse que não é?