Sua ausência não me assusta mais Me acostumei com a solidão Hoje o pó não me liberta mais É apenas minha prisão Meu passado não me faz Querer desprender os nós Quando as sombras me distraem Do labirinto dessa prisão O poeta chorou Por não agüentar mais gritar Por alguém que partiu E se esqueceu de se lembrar De alguém, de uma história que ficou incompleta Quando sem motivos foi deixando pra trás... A dor enlouqueceu a lucidez por ser dura demais É que a separação transforma íntimos em estranhos Tudo em nada É que o quase é a dureza que existe Por tudo resistir e não existir mais.