Chamaram de crime perfeito De fome de tigre De garras de águia De olhos de lince De censo incomum universal Pois não apareceu nas câmeras ultramodernas Nem a imagem do corpo nem a réstia da sombra Nem o movimento dos objetos Nem a mudança da respiração termológica Que modificou o ar E a mídia surtou Quando a tevê, a revista, a net e jornal Não tiverem nem uma imagem ou som pra publicar Editar, justificar, vender audiência, Controlar a informação da melhor maneira possível Pra poder lucrar... Ele ludibriou a programação As intuições de censores sem senso crítico sensorial Ele brincou com a mídia Como os bêbados brincam no carnaval Sem limites, sem conceitos A mercê de todos os riscos sem ligar Sem limites, sem conceitos Ele brincou com a mídia E a mídia não teve o que publicar.