Franklin Mano

Música pra Amor Sincero...

Franklin Mano


Não vou mentir
Ainda é saudade sim,
Mas não vou chorar
Desperdiçar as minhas lágrimas
Por alguém que não quer saber de mim

Mas nada é tão simples como antes
Até parece que o tempo agora está contra mim
E o vento em complô com a saudade trás teu cheiro
Enquanto os neurônios insistem em lembrar de te

Eu juro que não queria,
Mas me acostumei a não te esquecer,
E sei que isso não te faz nem um mal,
Por que aprendi a amar apenas pra mim
Sem ser preciso demonstrar pra você,
Pois o mal que faço é a mim mesmo
Por bem te querer...

E me tranco novamente no meu quarto uma semana mais
Arranhando as paredes nessa dor-dopada
As pontas dos dedos dilaceradas
E as unhas quebradas
Mas não sinto dor...

E o sangue vermelho mancha a parede branca
Revelando no reboco quebrado pictogramas antigos
E um entre eles diz: "Acrilic on Canvas"
Então espero que isso não seja apenas loucura
Mas se caso for que seja sincera

Pois a carne ainda sangra e o sangue pinga
Nas folhas manchando as letras azuis
Tornando secreto os poemas que fiz
Espero que ninguém nunca decifre
O que lhe disse meus sentimentos
Mas lhe adianto que não mudou nada
São os mesmos de antigamente
Só que mais concentrados
Na solidão...

Juntei as promessas e simbolizei cada uma
Com pedaços de madeira talhados
Com um estilete fino
Que usei pra cortar os punhos e pulsos
A fim de desfazer o pacto que eu tinha feito
Quando te conheci...

Pois só agora percebi
Que a sua liberdade e felicidade só são suas,
E que elas nem você me pertence,
Então me dei de novo a Ele,
Mas eu juro que já tinha dado tudo,
Mas foi em meio a tudo isso que lembrei
Do meu maior tesouro,
Que não tem preço
Mas que vendi barato
Por que te comprei caro
Sem pensar...

E me vendi por você
E agora não tenho nem você nem eu
E o que fazer?

Sim... / Te deixo livre
Mas sigo meu caminho aprisionado a você,

Mas eu juro que não vou te esquecer
Te lembrarei pra sempre
E me perdoe se te magoei
Te digo que não foi por mal
Foi sem querer...

Meu sangue infeccionado corre frágil nas veias,
Mas ainda planto toda dia essas sementes
Sem saber se uma delas vai nascer...

Exalto a liberdade te deixando livre,
Aprisionado pra sempre a você...