De noite, cansado, sozinho Eu não sei quem eu sou Distante, perdido, sem rumo Pra onde eu vou? Sem asas, decaído Sem forças não se levantou Deitado vendo a lua Aluou... Fatos me submetem ao medo Perdas, equívocos, incertezas... Um vocabulário inteiro De palavras conceituais Aplicadas ao caso concreto Sobre minha pequeneza Toda essa abrupta grandeza Talvez você tivesse me poupado Se não tivesse tanta frieza Sorrindo, brincado, fingindo / Meu usou... Miragens, planos, esperanças No ato se desperdiçou A alma tonta desiludida Por dentro do corpo tombou... Caindo num oceano frio As pupilas dilatadas / Inundou Transbordando, salgando a pele do rosto Em intensas temperas / Desbotou Sujando o sentimento puro E o revirando-o ao avesso Se dissipou... E de noite, cansado, sozinho Eu não sei quem eu sou Distante, perdido, sem rumo Pra onde eu vou? Sem asas, decaído Sem forças não se levantou Cansado, sozinho Vendo a lua aluou... Cansado, sozinho...