Quando o cansaço acalma o corpo E a dúvida perturba a alma Mergulhando a razão No sim, no não, no talvez, O que fazer? É quando o sangue pede um pouco mais de fogo E um corpo quer um outro corpo Destilando na saliva e no pêlo O prazer irracional... É nessa hora que se espera De tudo e do outro um pouco E da vida só se quer um pouco Mas o tempo se mostra ser tão pouco O que dizer? Outra vez o sangue pede um pouco mais de fogo E um corpo quer o outro corpo Destilando na saliva e no pêlo O prazer irracional... É quando se olha, olho no olho, Bem no fundo um do outro Mas os íntimos se desconhecem E os argumentos se perdem As bocas mudas não sabem o que dizer O que fazer? E outra vez o cansaço acalma o corpo E a dúvida perturba a alma Mergulhando a razão No sim, no não, no talvez, O que fazer? O que dizer? Quando a paciência se trai Revirando-se ao avesso impaciente Espalhando o mosaico pelo chão Perdendo peças... O que fazer? Pra refazer? E se completar... E outra vez o sangue pede um pouco mais de fogo E um corpo quer o outro corpo Destilando na saliva e no pêlo O prazer irracional...