Franklin Mano

Alessandra Tavares

Franklin Mano


Será que é mentira
No que fui acreditar
Na pele parecia
Ser tão justo e tão certo
Nos lábios sempre tinha
Um "q" a mais
O que faltava nas palavras
Complementava-mos com gestos

Às vezes parecia
Ser difícil recuperar
Dias difíceis e incertos
Mas nunca cansados por tentar
Sorria-mos e sempre dava-mos um jeito

E chegamos a fins de tarde a planejar
Casa, família: filhos e netos
Controlando o extinto
Pra só depois do matrimonio
Complementar o amor com o sexo
Contrariando assim as previsões
Por assim acreditar
Que o tempo sempre nos daria mais tempo
Não nos prevenimos por acreditar
Que o tempo sempre nos daria mais tempo
E não evitamos o fim...

E hoje tudo que vivemos
É apenas uma lembrança
E vem me ferir e fere até demais...
E vem me ferir... e a dor é demais
E vem me ferir
E por ser humano acho que não sou capaz
De conviver e agüentar o fim...