Quem confiou no amor Se iludiu, se traiu, se desperançou Quem amou, o amor Ficou tão triste como uma luz que se apagou E não viu que a flor se despetalou Sobre o vento e chão virando apenas pó Ar ao meu amor Que se inflou, se inflou, e depois secou Ao som, ao tom do teu batom se embriagou Sem som, sem tom, sem batom As inscrições sagradas se desescreveram E sobre o livro das nossas vidas folhas em branco Vazias, agora sem teses, sem nada Tudo se resumiu e se acabou E o milagre da vida sem fé virou apenas pó Sem forças do céu caiu o amor Tonto se debateu, se agoniou e depois parou Na dor chorou, apenas chorou Pois se traiu por aquilo que mais confiou Sem forças o meu amor Se consumiu, morreu e não ressuscitou Não ressuscitou e morreu na dor Na dor, na dor meu ingênuo amor