Sou um velho sanfoneiro lá do pé da serra Mas tenho uma velha sanfona que restou pra mim Minha casa já virou tapera e já não presta mais Fico esperando e a chuva não cai E a chuva não cai E a chuva não cai Meu Deus, porque o meu sertão é tão castigado Morre o algodão e já não tem mais gado E morrem as crianças de fome também Meu Deus, se eu não sei rezar te peço o meu perdão Só queria que chovesse aqui no meu sertão Para que o homem possa cultivar É assim que acaba a tristeza aqui da minha terra Nasce o algodão e o gado berra E a minha sanfona volta a tocar É assim que acaba a tristeza aqui da minha terra Nasce o algodão e o gado berra E a minha sanfona volta a tocar