Meu povão já está sabendo que eu sou grosso sem estudo E fui muito criticado quando gravei o cuiudo - Os puritanos do Rio Grande ficaram até carrancudo, Mais no meu bolso eu botei um troco lindo e graúdo. Deu pra comprar um puro sangue com jockei, cocheira e tudo E a pão-de-ló é tratado E por mim foi batizado de vermelho cabeçudo. E quem montar no meu cavalo Morre velho, não esquece E é só enxergar mulher Que o lombo do bicho endurece! Com uma prenda na garupa ele sai troteando miúdo Fica lerdo e desconfiado quando monta um cabeludo; Até fala relinchando, não estorvo, nem te ajudo E a eguada se apaixona da estampa do cruniúdo. Quando passa pela rua mulherada param tudo E uma magrinha de moto Pediu pra tirar uma foto no lombo do cabeçudo. Eu fui correr uma carreira comum fazendeiro papudo E eu tinha um tordilho negro por apelido pacudo. Rachei a cancha no meio e o velho ficou bicudo Já quis comprar meu vermelho, me chamando de sortudo. Quando eu vi entrou uns magrinhos parecido com os menudo E um nativista de brinco Ele e mais uns quatro ou cinco pra ginetear o cabeçudo. Pra gente vencer na vida tem que ser meio carudo Logo que eu vim da campanha me chamavam de bacudo. Mais eu fui ficando esperto com promessas não em iludo E esses dia eu vi um malandro levar uns quarenta cascudo, Da sua própria mulher que lhe chamava de chifrudo. Disse: - caco, tu me solta Por que eu quero dar uma volta no lombo do cabeçudo.