O ouro que come o homem Na mina que leva ao fundo A vida de quem consome A morte de todo mundo. O manto que envolve o poço A mão que maltrata a terra E tira pão e desgosto O mito, a fama e a guerra. Só vejo o dia a dia O ar, a montanha, o rio Mas morre minha alegria Se dentro da mina o frio Da noite que sozinha Engole tantas vidas E em troca nada vinha Pagando nossas feridas.