Mesmo quando era menino Moleque de fundo de lona Muito mais que alegria Muito mais que palhaçada Eu via era tristeza Nos palhaços que eu amava Não que não fosse engraçado O jogo jogado em cena Não que eu menino não risse Dos pulos e brincadeiras E que eu guardava comigo De um dia, de um certo circo O que eu vi, de surpresa Depois do drama encenado Um rosto sendo lavado E dele surgir claramente A forte imagem de um homem Muito mais feio que belo Muito mais choro que riso Destilava seu semblante Parecia que nos dentes Um grito segurava Parecia que nos olhos O pranto represava Chora palhaço, dizia Enquanto o povo na rua Voltava sorrindo pra casa Num porre de alegria